João Gilberto Vaz - O Brasileiro que Atua No Espaço
O cônsul honorário da Bulgária no Brasil é natural de São Miguel Arcanjo, cidade no interior de São Paulo, foi dono de uma empresa que vende imagens de satélite...
O cônsul honorário da Bulgária no Brasil é natural de São Miguel Arcanjo, cidade no interior de São Paulo, foi dono de uma empresa que vende imagens de satélite, empreendeu em conjunto para a construção dos estádios para a Copa do Mundo, ex-dirigente de um time de futebol formado por refugiados palestinos e responsável pela viagem espacial do primeiro astronauta brasileiro.
João Gilberto Vaz orgulha-se de ser o responsável por ter levado o astronauta Marcos Pontes à sua viagem turística à Estação Espacial Internacional, a ISS, na sigla em inglês. Na verdade, ele fez mais do que isso pelo programa espacial brasileiro. Em 1997, o Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe) convidou Vaz, que ainda não era cônsul, para intermediar o importante acordo com a Nasa para a participação brasileira na ISS.
O negócio foi firmado no final do governo FHC, continuou durante o primeiro mandato de Lula e foi revisado pela própria Nasa, devido aos desafios enfrentados pelo Brasil em cumprir o cronograma de construção de itens da ISS. Nesse meio tempo, a vida de Vaz foi prosperando. Em função de contatos com a Academia de Ciências da Bulgária, que dividiria com os brasileiros experiências agrícolas na estação espacial, acabou convidado pela embaixada búlgara para integrar seu corpo consular.Quando os acordos com a Nasa foram revisados, Vaz tratou de não deixar a Agência Espacial Brasileira (AEB) em uma situação complicada. Foi ele quem intermediou com a Rússia a viagem do astronauta Marcos Pontes. Com pura dedicação ao trabalho.
Fiz um trabalho do mais alto nível. Mas não ganhei nem medalha.
João Gilberto Vaz
Em 2007, comprou um time da terceira divisão do Distrito Federal e o batizou com o nome da empresa que vendia imagens de satélite, seu xodó naquela época. O “Brazsat Futebol Clube” era formado por refugiados palestinos vindos do Iraque, por meio de um convênio que Vaz assinou com a Acnur, a agência da ONU para refugiados. A equipe chegou a ser tema de um documentário na rede de tevê árabe Al Jazeera e avançou para a segunda divisão. O dirigente João Gilberto Vaz não conseguiu, contudo, levar o Brazsat para a primeira divisão e o time foi desfeito. Mas com essa experiência ele abriu canais com a CBF, que agora utiliza em sua nova área de negócios.
Sempre afável e muito bem relacionado, Vaz é figura constante nos círculos da elite brasiliense. Costuma participar dos seminários promovidos pelo Gabinete de Segurança Institucional, fala sobre cursos feitos na Escola Superior de Guerra e não perde coquetéis e festas da comunidade diplomática. Na sala de sua casa, expõe em posição de destaque o diploma de um curso de três dias que fez na Universidade de Harvard.
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